Lisboa, 1987

Luísa Sobral, uma das cantautoras mais reconhecidas da nova geração da música portuguesa, estreia-se na narrativa com o romance Nem Todas as Árvores Morrem de Pé (Leya, 2025). Anteriormente, já havia explorado a literatura infantil com os contos Quando a Porta Fica Aberta (2022) e O Peso das Palavras (2024). Formada no Berklee College of Music, Sobral publicou vários discos e alcançou projeção internacional como compositora de Amar pelos dois, canção vencedora do Festival Eurovisão 2017. Com esta nova obra, aclamada em Portugal pela crítica e pelos leitores, abre um caminho próprio na narrativa.

 

 

Bibliografia

Um impressionante romance de estreia que entrelaça a vida de duas mulheres na Alemanha dividida, revelando os custos ocultos do amor, da história e dos muros—reais e invisíveis—que nos moldam.

Percorrendo as décadas mais sombrias da Alemanha do século XX, Nem Todas as Árvores Morrem de Pé é uma história de amor, perda e sobrevivência em ambos os lados do Muro de Berlim.

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Novela

Um impressionante romance de estreia que entrelaça a vida de duas mulheres na Alemanha dividida, revelando os custos ocultos do amor, da história e dos muros—reais e invisíveis—que nos moldam.

Percorrendo as décadas mais sombrias da Alemanha do século XX, Nem Todas as Árvores Morrem de Pé é uma história de amor, perda e sobrevivência em ambos os lados do Muro de Berlim.

Emmi cresce à sombra da ascensão de Hitler ao poder. Após perder o pai na guerra, assume o peso do trabalho desde muito jovem — até que um encontro casual com Markus, um homem de Berlim Oriental, lhe oferece um vislumbre de amor e esperança. Contra a vontade da mãe, mas com a bênção da irmã, Emmi o segue pela fronteira para a RDA. A princípio, a felicidade parece ao alcance. Mas quando o Muro é erguido, o preço da lealdade e o peso dos segredos começam a despedaçar seu mundo.

Anos depois, M. nasce numa nação dividida, a criança modelo do socialismo. Criada por uma babá amante de plantas e devotada a um pai que adora, M. cresce protegida do Ocidente, envolta numa ilusão cuidadosamente construída. Até que uma revelação chocante quebra a fachada — e ela descobre que não é apenas o Muro que esconde outro lado.

Com uma estrutura ousada e personagens inesquecíveis, o romance de estreia de Luísa Sobral ilumina os custos íntimos da história, questionando o que significa amar, resistir e ver além dos muros que nos moldam.

Magnífica estreia neste género literário." — Miguel Real, Jornal de Letras

"Menos expetável será quando a uma prosa escorreita, onde irrompem frases lapidares, tão reflexivas quanto sonantes, se alia o domínio da estrutura narrativa num surpreendente romance de estreia, pouco convencional na temática e na forma." — Expresso

"Narrativa de um desencontro — mãe e filha só conseguem estabelecer diálogo no livro que aqui brota —, sobre nações divididas por muros e famílias divididas por paredes. Narrativa que é, ainda, circular, cujo desfecho é retomado no início: é nessa leitura cíclica que uma história pouco feliz, tragicamente romântica, ganha beleza e sentido." — Expresso

"Como na Botânica, que percorre todo o livro, vai-se descobrindo que nem todas as espécies são tão legíveis como parecem, que têm como fio condutor a terrível descoberta sobre a verdade e a mentira na vida da protagonista." — Diário de Notícias

"Obra exemplar, lírica e trágica, tão completa e harmoniosa — rebelde, também— como se fosse uma partitura." — Público

"Luísa Sobral constrói uma obra complexa, onde se entretecem várias 'canções' que incluem a narrativa na primeira pessoa, pedaços de um diário, aforismos e curtas peças que se assemelham a poemas e o sempre presente herbário, cujas plantas, para além de acompanharem a história, têm um poder curativo para os diversos males que afligem os protagonistas." — Público